segunda-feira, 11 de março de 2013

Felicidade



Do que depende a felicidade?  Ou melhor, que é felicidade? Seria mais um dogma criado pela sociedade para fazer-nos ter algo a buscar? Seria algo que realmente existe e vale à pena ir atrás? Não sei.
Das poucas coisas que sei  uma delas é que nossa felicidade não depende de outra pessoa além de nós mesmos. Ela nos pertence. Nascemos pra ser feliz, este dom nos foi dado desde quando habitávamos o útero materno. Ninguém consegue se lembrar de quando estava dentro da barriga de sua mãe, mas não há como negar que ali já éramos felizes. Apesar dos limites físicos de espaço, não podendo se mexer e nem “ver” – sim, aspas porque o bebê sente tudo a sua volta, então, desta forma ele vê –  a criança desenvolve o sentimento de amor pela sua progenitora. Sim, o bebê já ama sua mãe dentro de sua barriga e ele é feliz lá dentro. Porém quando chega a hora do parto ele é tirado de seu lugar aconchegante e leva um choque de realidade. Agora ele tem respirar, agora ele sente frio, sente calor, sente fome e etc. Onde antes o que ele só sentia era amor, agora tem uma imensidão de sentimentos.
Agora, fora do útero, temos mais coisas a fazer além de amar. Porque depois de certa idade criamos a necessidade de ser amados e esquecemos o quanto já o fomos. Quando estávamos na barriga, éramos amados por nossa mãe, e sentíamos esse amor que agora já não basta mais. Mas alguns desafortunados não têm a chance de conhecer quem o carregou dentro do seu vente. E esse alguém se sente sozinho, sente que não é amado. Outros até conhecem, mas acabam perdendo por conseqüências da vida e sentem um imenso buraco no peito.  E quanto maior este buraco, maior é a busca por amor.
Isso por que esquecemos algo que vem desde a nossa formação, que esquecemos sempre, mas precisa ser lembrado. Porque quando ainda estávamos lá dentro, antes mesmos de começar a amar nossa mãe já amávamos a nós mesmos. De uma forma ou de outra já sabíamos o quanto somos especiais, o quanto únicos nós somos. E esquecemos isso o tempo todo. 
Uma coisa que não podemos fazer é querer dar  aquilo que não temos.  Como poderemos amar alguém se não nos amamos primeiro? O amor próprio vem em primeiro lugar. Jesus uma vez disse: “Amai o próximo como a ti mesmo.” Agora, e se não houver amor a ti mesmo? Como conseguir amar alguém? O amor brota de dentro, não se busca fora, ele não está com ninguém. O amor maior está dentro de nós, desde o dia em que fomos gerados e amados do Deus. Temos a essência do Pai, fomos feito a sua imagem e semelhança. Sendo assim, se Deus é amor também somos amor.
Nós nunca conseguiremos encher um pote que está sem fundo. E o fundo do nosso pote é o amor que temos por nós mesmos. Então se não existir essa base, tudo será em vão. Não adianta ir atrás de amigos, de namorados, de trabalho voluntário, de irmandades e fraternidades se no final das contas estiver tentando se preencher com sentimentos externos. 
Busque o seu amor! O amor que vem de dentro, aquele que nascemos com ele, que nos foi dado pelo Criador, o amor Divino. Quando tivermos total consciência do nosso amor próprio, ai sim poderemos compartilhar com alguém.
E quando isso acontecer, quando menos percebermos, já estaremos felizes. 
É possível ser feliz! Mas felicidade está dentro. Não adianta buscar fora, você já foi feliz dentro de uma barriga. Lembre-se disto.


Zaupa Junior

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