Rostos que se buscam e escondem dentro de si uma alma que
reluta a sua personalidade. Sem conforto, como peças que não se encaixam, fica
a mostra nuances de sua extrema realidade. Não ser o que realmente é ao fogo
que alimenta a sensação mais estranha e itinerante do ser, a resposta da
pergunta mais eloqüente que se possa fazer. O universo.
Este que subsiste e dentro do invólucro que é o nosso
coração. Habitação da alma, casa dos sentimentos, tão sagrado quanto evitado
pela linha tênue que separa razão e emoção. Somando os quadrados desta equação,
podemos chegar a cunho cientifico em uma resposta, que é deliberadamente
estranha e confusa. Já que temos tudo ao nosso alcance e insistimos a buscar
fora, lamentavelmente encontramos coisas que não são nossas, falsos pensamentos
forjados a clemência de nossa essência, que, piedosamente nos conforta com
certezas incertas fazendo de conta que somos o que queremos ser.
O universo interno transcende qualquer forma de busca
externa, mostrando e provando que tudo aquilo que desejamos fora está dentro.
Desta forma a pergunta mais cabível é: do que vale isso que chamamos de amor?
Ora, se somos completos porque procuramos algo que nos completa,
porque inventamos a alma gêmea? Fazemos isso porque nos separamos de nós mesmo.
Desde o berço essa ânsia de encontrar alguém é a ânsia de nos encontrarmos, de
fazermos contato com nossa divindade, essa que foi feita à imagem e semelhança.
No que se concerne o amor, nada entendo a mais do que
fraternidade, dado igualmente para qualquer pessoa e ser que exista na
amplitude extrema. Não preciso de algo pra completar, mas sim, algo pra para
dividir.
A vida é feita de muitos instantes e momentos e podendo
dividi-los com quem os aprecia tanto quanto, é uma dádiva que transborda aos
olhos mais frios e fechados.
Amar não é somar, é dividir.
Zaupa
Junior
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